Empresários criam busca em mapas e chamam atenção do Google

O mercado de buscas é o negócio principal do Google, mas tem brasileiro querendo um pedacinho. Os empresários André Tannús e Rodrigo Hanashiro passaram quase cinco anos desenvolvendo uma tecnologia para buscas em mapas, que acabou fazendo sucesso e chamou atenção da gigante de buscas Google.

“A ideia de criar a tecnologia surgiu entre 2008 e 2009, porque tive a necessidade de encontrar um imóvel em São Paulo”, lembra Tannús. Segundo ele, os sites disponíveis na época não eram muito eficientes na hora de ajudá-lo na busca. “A informação é muito fragmentada e é muito difícil fazer busca por bairro”. O empresário lembra que, por não ser de São Paulo, tinha dificuldades para conhecer exatamente os limites dos bairros da cidade.

Surgiu, então, a ideia de criar uma tecnologia que permitisse desenhar uma área no mapa e criar um site que trouxesse todos os imóveis para locação e venda na área riscada. Foi assim que nasceu a Epungo (acesse aqui), fundada por Tannús e Hanashiro. Os dois sócios se conheceram em 2010 e “foi questão de meses” para eles se organizarem, saírem dos empregos em que trabalhavam e fundarem a empresa, lembra Tannús. A dupla já está há dois anos trabalhando em tempo integral na Epungo, sem investimento externo.

Atualmente o site da startup usa a tecnologia criada pela dupla apenas na busca por imóveis, com apoio nos mapas do próprio Google. Quem quer comprar uma casa em São Paulo, por exemplo, pode criar um polígono ou um círculo em uma região do mapa e ver quais propriedades dentro da área escolhida estão disponíveis. Os filtros da pesquisa permitem separar imóveis comerciais e de residenciais e também mostram os “arredores” do local –é possível ver, por exemplo, a quantidade de supermercados ou farmácias perto do imóvel.

epungo

Mas os fundadores da Epungo criaram a tecnologia pensando muito além do mercado imobiliário. “Nesses primeiros anos, nós nos focamos no desenvolvimento da tecnologia e agora estamos usando nos imóveis, como um projeto piloto”, explica Tannús. Os empresários esperam, agora, poder aplicar a tecnologia em áreas como a de eventos. Os dois criaram um mapa para aproveitar melhor a Virada Cultural, também como piloto de teste (acesse aqui).

“A gente se interessa por qualquer coisa que tenha relevância geográfica para colocar na plataforma”, explica o fundador. Em cinco anos, os empresários estimam uma receita de R$ 8 milhões, se entrar um investidor externo na startup.

A Epungo fez sucesso e chamou atenção do Google, que publicou um post sobre a empresa no início de novembro. A gigante das buscas definiu a startup como uma das “mais inovadoras” que usam os mapas do Google no Brasil. Os dois empresários também gravaram um vídeo para o canal de desenvolvedores do Google (veja aqui).

Deixe uma resposta